google-site-verification: google45eb8d1215982110.html
top of page

China Responde a Novas Tarifas de Trump com Medidas Limitadas

Foto do escritor: INTELIGÊNCIA EMPRESARIALINTELIGÊNCIA EMPRESARIAL
China Responde a Novas Tarifas de Trump com Medidas Limitadas
China Responde a Novas Tarifas de Trump com Medidas Limitadas

Katherine Buso (*)


A disputa comercial entre China e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta semana, quando o governo de Donald Trump impôs uma tarifa generalizada de 10% sobre todas as importações chinesas. Em resposta, Pequim aplicou tarifas direcionadas a um conjunto menor de importações norte-americanas e iniciou uma investigação antitruste contra o Google.


Apesar da retaliação chinesa, as medidas adotadas sugerem uma abordagem calculada, possivelmente visando manter as portas abertas para negociações futuras e evitar uma escalada mais severa da guerra comercial.


Contexto das Tarifas e Retaliação Chinesa


A decisão de Trump de implementar um adicional de 10% sobre todas as importações chinesas, totalizando cerca de US$ 450 bilhões anuais, representou um dos movimentos mais agressivos da sua política comercial. Em contrapartida, a China impôs tarifas sobre aproximadamente US$ 20 bilhões em importações dos EUA, incidindo sobre produtos como carvão, gás natural liquefeito (GNL), petróleo bruto, equipamentos agrícolas e veículos de grande porte. Essas tarifas serão implementadas a partir de 10 de fevereiro, permitindo uma janela para possíveis negociações antes da efetivação.


Além disso, Pequim anunciou medidas regulatórias, incluindo um controle mais rigoroso sobre exportações de metais críticos, como tungstênio, essenciais para eletrônicos, equipamentos militares e painéis solares. Essas restrições visam impactar indústrias americanas dependentes desses materiais e sinalizam que a China pode continuar a utilizar mecanismos não tarifários para pressionar os EUA.


Investigação contra Google e Possíveis Sanções


Em um movimento paralelo às tarifas, o governo chinês também iniciou uma investigação antitruste contra o Google, da Alphabet Inc., por possível prática de monopólio. A medida pode resultar em restrições às operações da gigante da tecnologia na China, onde seu acesso ao mercado já é limitado devido a regulações rigorosas e às políticas de censura do país.

Além disso, outras empresas norte-americanas, como a PVH Corp, controladora da Calvin Klein, e a biotecnológica Illumina, foram incluídas em uma lista de possíveis sanções. Essa estratégia indica que Pequim pode retaliar de forma seletiva contra setores sensíveis da economia dos EUA, sem recorrer a medidas que impactem diretamente sua própria economia.


Impacto nos Mercados e na Economia Global


A escalada das tarifas e restrições comerciais entre as duas maiores economias do mundo gerou volatilidade nos mercados financeiros. O dólar se fortaleceu, enquanto o yuan chinês e outras moedas como o euro, o dólar canadense e o peso mexicano sofreram desvalorizações. Os preços do petróleo também recuaram, refletindo preocupações com uma possível desaceleração do crescimento econômico global caso a guerra comercial se intensifique.

No setor automotivo, a tarifa de 10% imposta pela China sobre caminhões elétricos importados dos EUA pode afetar a Tesla e seu modelo Cybertruck, que vinha sendo promovido no mercado chinês. Além disso, as restrições sobre metais estratégicos podem impactar diversas cadeias produtivas nos EUA e em outros países.


Implicações Políticas e Próximos Passos


As medidas adotadas por Pequim mostram um equilíbrio entre retaliação e diplomacia. Enquanto as tarifas e sanções indicam uma resposta às ações de Trump, a China também está buscando manter espaço para negociação. O próximo passo pode ser uma conversa direta entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, prevista para os próximos dias, para tentar evitar um agravamento do conflito.


Trump, por sua vez, já indicou que sua próxima meta pode ser a União Europeia, mencionando possíveis tarifas sobre produtos europeus. Diante disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE estará pronta para negociações, mas que protegerá seus interesses caso necessário.


Conclusão


O atual embate comercial entre China e EUA reflete as tensões de uma disputa econômica e geopolítica que vem se desenrolando ao longo dos últimos anos. Enquanto Trump intensifica sua política protecionista com tarifas agressivas, Pequim adota uma resposta calibrada, evitando uma retaliação desproporcional, mas deixando claro que tem ferramentas para pressionar os EUA. O desfecho desse impasse dependerá das próximas rodadas de negociações e das estratégias adotadas por ambas as potências nas semanas seguintes.



(*) Especialista em Economia e Assuntos Internacionais, Graduada com mérito acadêmico pela Faculdade de Economia da Universidade Armando Álvares Penteado (FAAP-SP) em 2014. Pós-graduada em Estatística pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Chile). Consultora Editorial na Ciência Capital. Colunista Internacional na Rádio Alta Potência. Colunista Internacional na Rádio Agro Hoje. CEO de Business Intelligence na BlueBI Solution em São Paulo.

Instagram: @bluebisolution.

WhatsApp: +56 98484-9704












Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page