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Qual é o objetivo principal das negociações comerciais entre EUA e China neste sábado em Genebra?

Qual é o objetivo principal das negociações comerciais entre EUA e China neste sábado em Genebra?
Medo de Estagflação Assombra Mercados dos EUA

Katherine Buso (*)


Contexto geopolítico e comercial


No próximo sábado, ocorrerá em Genebra, Suíça, um encontro considerado estratégico entre os representantes econômicos de alto nível dos Estados Unidos e da China.


O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio, Jamieson Greer, sentarão à mesa com o vice-premiê chinês He Lifeng, em um movimento amplamente interpretado como um gesto de distensão após meses de tensões comerciais intensificadas entre as duas maiores economias do planeta.


A reunião, que ocorre em território neutro, representa a primeira rodada formal de negociações bilaterais desde o agravamento das políticas tarifárias em abril de 2025, quando o governo dos EUA impôs tarifas generalizadas de 10% sobre importações de dezenas de países, além de aumentos específicos para setores como automóveis, aço, alumínio e produtos farmacêuticos.


A resposta chinesa foi proporcional e imediata, com tarifas retaliatórias que alcançaram 125% sobre bens importados dos EUA. No caso específico da relação bilateral EUA-China, as tarifas chegaram ao patamar de 145%, descritas por Bessent como "equivalentes a um embargo comercial".


Objetivos e expectativas para a reunião


Segundo fontes próximas às delegações, a pauta da reunião deverá incluir:


Redução generalizada das tarifas bilaterais;


Discussão sobre produtos específicos afetados pelas tarifas;


Revisão de controles de exportação;


Fim da isenção de de minimis (isenção de impostos para produtos de baixo valor).


Apesar de ainda não haver indicativos de soluções imediatas, as expectativas giram em torno de uma possível sinalização de desescalada. Bessent declarou à Fox News: “Precisamos desacelerar as tensões antes de avançar. Este será um primeiro passo.”


A própria China, que até então mantinha uma postura firme e reativa, parece reavaliar sua estratégia. Um porta-voz do Ministério do Comércio afirmou que a decisão de aceitar o convite norte-americano foi tomada com base em interesses globais, nacionais e nos apelos da indústria americana e dos consumidores.


Impactos econômicos e financeiros China e EUA


A repercussão do anúncio foi imediata nos mercados financeiros. Futuros de índices acionários nos EUA e bolsas na China e Hong Kong reagiram positivamente, refletindo o alívio dos investidores frente à possibilidade de reaproximação diplomática e comercial.


A escalada tarifária, até aqui, tem causado rupturas severas nas cadeias globais de suprimento, com efeitos colaterais significativos para o crescimento mundial. O banco Nomura alertou que a China poderá perder até 16 milhões de empregos industriais se as sanções comerciais forem mantidas. Em resposta, o Banco Central Chinês anunciou novos estímulos monetários, incluindo cortes de juros e injeções de liquidez, com o objetivo de mitigar o impacto econômico das tarifas.


Analistas consideraram a medida “tática e comedida”, destacando que o gesto também serve como mensagem ao governo norte-americano: Pequim está se reposicionando de forma estratégica, e não sob pressão.


Cenário de incertezas e negociações paralelas


Apesar das expectativas positivas, analistas como Bo Zhengyuan, da consultoria Plenum, afirmam que a efetividade do encontro dependerá da capacidade de ambas as partes em negociar reduções tarifárias abrangentes e estabelecer um cronograma claro para novas rodadas de negociação.


O governo dos EUA, por sua vez, mantém uma agenda ampla de conversações com outros 17 parceiros comerciais, com potenciais acordos bilaterais sendo finalizados, segundo declarações do próprio Bessent. Entre os países mais avançados nas negociações estão Reino Unido, Canadá, México e Indonésia.


Entretanto, a política tarifária adotada pelo governo Trump ainda transmite sinais contraditórios. Embora apresentada como ferramenta para reduzir o déficit comercial norte-americano, dados recentes indicam aumento do desequilíbrio geral, resultado da antecipação de importações por parte das empresas.


Curiosamente, o déficit com a China diminuiu significativamente, refletindo a queda acentuada nas importações devido às tarifas elevadas – uma vitória aparente, porém com custos econômicos e políticos elevados.


A importância da inteligência estratégica na tomada de decisão: o papel da Blue BI Solution


Diante de um cenário global cada vez mais incerto e volátil, como exemplificado pelas recentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China, torna-se imprescindível que empresas, governos e investidores tenham acesso a informações confiáveis, atualizadas e estrategicamente relevantes para embasar suas decisões.


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(*) Especialista em Economia e Assuntos Internacionais, Graduada com mérito acadêmico pela Faculdade de Economia da Universidade Armando Álvares Penteado (FAAP-SP) em 2014. Pós-graduada em Estatística pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Chile). Consultora Editorial na Ciência Capital. Colunista Internacional na Rádio Alta Potência. Colunista Internacional na Rádio Agro Hoje. CEO de Business Intelligence na BlueBI Solution em São Paulo.

Instagram: @bluebisolution.

WhatsApp: +56 98484-9704










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